Exportações brasileiras: o que está em alta e como tirar proveito

Se você acompanha a economia do país, já percebeu que as exportações são um termômetro importante. Nos últimos anos o Brasil tem diversificado seu portfólio e conquistado novos mercados. Mas, para quem quer entrar nessa onda, entender os números e as regras práticas faz toda a diferença.

Principais produtos e destinos

Os alimentos ainda são a estrela. Soja, carne bovina e frango representam quase metade do valor total exportado. Ao lado deles, minérios como ferro e cobre garantem boa parte da receita. Nos últimos 12 meses, a China manteve a posição de maior comprador, seguida pelos Estados Unidos e a União Europeia.

Um detalhe que costuma passar despercebido: produtos de valor agregado, como aviões, medicamentos e máquinas, têm crescido mais rápido que commodities. Essa mudança indica que investidores estrangeiros reconhecem a qualidade da tecnologia brasileira e estão dispostos a pagar mais por ela.

Dicas práticas para quem quer exportar

Primeiro passo: registre sua empresa no SISCOMEX. O processo online é simples, mas exige documentos como CNPJ, contrato social e certidões negativas. Depois, escolha o regime de tributação que melhor se encaixa – o Regime de Tributação de Exportação (RTE) costuma ser o mais vantajoso para quem ainda está começando.

Segundo: pesquise o mercado-alvo. Ferramentas como o Trade Map mostram a demanda por produto, preço médio e concorrência. Se o seu item tem alta concorrência, pense em diferenciais como certificação orgânica, rastreabilidade ou embalagens sustentáveis.

Terceiro: alinhe a logística. Transporte marítimo ainda domina, mas o frete aéreo pode valer a pena para produtos de alto valor e baixa volume. Negocie tarifas com agentes de carga e sempre calcule o custo total (CIF) antes de fechar contrato.

Quarto: conheça as exigências sanitárias e técnicas do país importador. Muitos destinos exigem inspeções fitossanitárias ou certificações de qualidade ISO. Não adianta ganhar uma ordem de compra se a carga for retida na alfândega.

Por fim, invista em marketing internacional. Participar de feiras setoriais, usar plataformas B2B como Alibaba ou criar um site multilíngue aumenta a visibilidade e abre portas para parcerias.

Com esses passos você já sai na frente da concorrência. Lembre-se de que o mercado externo muda rápido: taxas de câmbio, políticas comerciais e demandas dos consumidores podem mudar de um trimestre para o outro. Por isso, monitore indicadores como o índice de confiança do exportador (ICE) e mantenha um plano de contingência.

Resumindo, as exportações brasileiras estão em expansão e oferecem espaço para quem tem produto de qualidade e vontade de aprender. Comece pelo registro, pesquise o mercado, ajuste a logística e não deixe de divulgar seu produto. Assim, você transforma a oportunidade em crescimento real para o seu negócio.