Jon Jones e Tom Aspinall: negociação de US$30 milhões pode mudar a UFC

Quando Jon Jones, campeão peso-pesado da UFC anunciou que está negociando um contrato que pode chegar a US$30 milhões, o mundo dos MMA ficou em polvorosa. O lutador, que venceu UFC 309Las Vegas contra Stipe Miocic, agora mira uma luta de unificação contra o interim Tom Aspinall. Se o acordo fechar, será salário recorde na história da organização.
Contexto e histórico da disputa
Jones chegou ao topo dos pesos pesados em novembro de 2024, mas acabou preso numa teia de negociações que já dura quase um ano. Desde a vitória sobre Miocic, ele tem treinado em Nova York e mantém a postura de que "está pronto para qualquer oportunidade". Em entrevista ao The Schmo, o atleta afirmou: "Estou de volta à academia, sinto‑me ótimo. Vamos competir em 2025, com certeza".
Por outro lado, Tom Aspinall defende o título interino desde julho de 2024, acumulando 15 vitórias e 3 derrotas. O britânico tem sido paciente, mas já cansado de esperar enquanto o peso‑pesado permanece “em stand‑by”.
Negociações e demandas financeiras
O ponto central da discórdia são os valores. O comentarista Jon Anik sugeriu, no final de 2024, que Jones poderia pedir entre US$20 e 25 milhões. Já o anfitrião do Joe Rogan Experience, Joe Rogan, insinuou em janeiro de 2025 que o número teria subido para US$30 milhões.
Em junho de 2025, MMA News divulgou que a UFC teria aceito pagar US$12 milhões a Jones – o chamado "mega‑check" – embora o adversário ainda não estivesse definido. A cifra ainda é enorme, mas fica bem longe dos rumores de US$30 milhões, gerando frustração entre os fãs.
O CEO da UFC, Dana White, tem sido vocal sobre a necessidade de fechar a luta o quanto antes. "Quero ver Jones vs. Aspinall ainda este ano", declarou em entrevista ao ESPN. No entanto, Jones tem deixado claro que não aceita enfrentar Aspinall sem um pagamento que corresponda ao seu valor de mercado.
Reações dos envolvidos
Enquanto Jones mantém a postura firme, Aspinall respondeu com serenidade: "O cara está vivendo a vida que Deus lhe deu. Que Ele o abençoe em sua jornada". O comentário, embora cortês, revelou a tensão que paira sobre a negociação.
O analista Chael Sonnen avisou que o hype está diminuindo: "Essa luta está ficando menor, não maior. Cada atraso afasta o interesse do público".
Já o ex‑campeão leve‑peso, Alex Pereira, foi citado como alternativa por Jones, que parece mais interessado em um super‑show com o rival de peso‑leve do que em enfrentar o britânico.

Impacto para a divisão dos pesos‑pesados
A divisão permanece estagnada. Sem a unificação, os dois lendários atletas continuam em caminhos paralelos, enquanto os concorrentes lutam por posições vagas no ranking. O intervalo de quase um ano sem um confronto definitivo tem causado um efeito dominó: eventos menores têm sofrido com vendas de ingressos menores e menos interesse nas redes.
Um edital de petição para retirar Jones do cinturão já acumula quase 180 mil assinaturas. Se a UFC ceder ao pedido de US$30 milhões, estabelecerá um novo patamar de remuneração que pode forçar outras estrelas a exigir contratos semelhantes.
Próximos passos e possíveis desfechos
Os próximos meses serão decisivos. Caso a UFC ofereça o "mega‑check" de US$12 milhões e Jones ainda exija mais, o impasse pode levar a uma troca de campeões – o que significaria que o título seria vacante e um torneio de desempate seria organizado.
Se, por outro lado, as duas partes chegarem a um acordo, a luta Jones vs. Aspinall poderá acontecer ainda em 2025, possivelmente em um pay‑per‑view de dezembro em Abu Dhabi, onde a UFC tem conseguido recordes de vendas.
Independentemente do desfecho, o caso vai servir de referência para futuros contratos. A UFC pode precisar repensar seu modelo de pagamento, que tradicionalmente tem privilegiado porcentagens de caixa‑como‑push‑mais‑bônus em vez de garantias astronômicas.

Conclusão
Em suma, a negociação entre Jon Jones e a UFC não é apenas sobre dinheiro – é sobre poder de barganha, legado e a direção que os esportes de combate seguirão nos próximos anos. O público aguarda ansioso, mas o relógio da negociação parece estar correndo contra os fãs.
Perguntas Frequentes
Qual é o valor real que Jon Jones está pedindo?
Embora Jones tenha admitido possuir um número específico, ele não divulgou o valor exato. Fontes próximas sugerem que o pedido varia entre US$20 e 30 milhões, com rumores de US$30 milhões circulando entre os podcasts e sites especializados.
Por que a UFC ainda não definiu um adversário para a luta?
A principal barreira tem sido o impasse financeiro. Enquanto a UFC está disposta a pagar US$12 milhões, Jones parece exigir mais. Além disso, há divergências sobre se a luta deve ser contra o interim Tom Aspinall ou contra outro peso, como Alex Pereira.
Como a negociação afeta a divisão de peso‑pesado?
Sem a unificação, o ranking permanece fragmentado, atrasando grandes confrontos e diminuindo o interesse dos fãs. Eventos menores têm sofrido com menor venda de ingressos e pay‑per‑view, e a falta de um campeão claro dificulta a promoção de novos talentos.
O que acontecerá se a UFC não atender às exigências de Jones?
A federação pode decidir despojar Jones do cinturão, abrir um torneio para determinar um novo campeão e, possivelmente, renegociar os termos de contrato de forma mais equilibrada para evitar precedentes de pagamentos tão altos.
Qual o impacto de um pagamento recorde na UFC?
Um contrato de US$30 milhões redefiniria o teto salarial da organização, pressionando outros lutadores a buscar acordos semelhantes. Isso pode levar a uma reestruturação dos modelos de bônus e distribuição de receitas nas futuras negociações.
Jéssica Soares
outubro 6, 2025 AT 05:00Olha só o circo que virou! Jones quer ser o rei da montanha e ainda tem a audácia de cobrar 30 milhões, como se a UFC fosse um banco. Todo mundo já tá cansado desse teatro, mas a mídia continua louvando cada grito de “justice”. Se ele fechar o mega‑check, o resto dos lutadores vão pedir 50 milhões e o esporte vira palco de iates. E ainda tem esse Aspinall que parece perder tempo esperando um convite que nunca chega.