Thiago Fragoso Diz Que Não Consegue Papéis na TV Por Ser Homem Branco e Heterossexual

Thiago Fragoso Diz Que Não Consegue Papéis na TV Por Ser Homem Branco e Heterossexual set, 6 2024

Thiago Fragoso Diz Que Não Consegue Papéis na TV Por Ser Homem Branco e Heterossexual

O ator brasileiro Thiago Fragoso, conhecido por suas atuações em diversas novelas e séries, recentemente expressou seu descontentamento com as mudanças no mercado audiovisual do país. Ele afirmou que está enfrentando dificuldades para conseguir novos papéis devido ao seu perfil como homem branco e heterossexual. Fragoso acredita que existe um sentimento predominante no setor de que 'um homem branco e heterossexual não pode mais ser escalado' para papéis principais em novelas e séries de TV.

Uma Mudança no Cenário de Escalação de Elenco

Fragoso apontou que este cenário representa uma reavaliação das escolhas tradicionais de elenco, que hoje priorizam diversidade e representação. Para ele, essa mudança tem impactado diretamente suas oportunidades de carreira. Ele exemplificou seu ponto de vista mencionando que, se hoje ele fosse fazer um teste para o papel de Niko na novela 'Amor à Flor da Pele', personagem que interpretou há alguns anos, acredita que não seria escalado.

A Perspectiva de Thiago Fragoso

As declarações de Fragoso revelam a percepção de que o terreno da televisão brasileira está em transformação. Ele defende que as oportunidades que antes eram garantidas para atores com seu perfil agora estão sendo redistribuídas para atender à demanda por maior representatividade. Essa mudança, segundo Fragoso, é significativa e afeta a forma como os profissionais da área percebem suas possibilidades de trabalho.

A Importância da Diversidade na Representação

A questão levantada por Fragoso toca em um ponto crucial nas discussões sobre representatividade. A inclusão de diferentes etnias, orientações sexuais, gêneros e outras diversidades vêm ganhando mais espaço nas produções audiovisuais. Esse movimento é visto por muitos como essencial para que a arte reflita a diversidade da sociedade e proporcione visibilidade a grupos historicamente sub-representados.

A Reação do Público e Outros Profissionais

As afirmações de Thiago Fragoso geraram reações mistas. Enquanto alguns concordam com sua visão e acreditam que a busca por diversidade pode, eventualmente, prejudicar certos perfis de atores, outros defendem que a mudança é necessária para um mercado mais justo e representativo. Profissionais da área apontam que essa transformação possibilita histórias mais plurais e oferece uma gama maior de reflexões sociais.

O Papel das Produções em Refletir a Sociedade

Historicamente, a televisão brasileira tem sido criticada pela falta de diversidade em suas produções. Durante décadas, a representação era majoritariamente de pessoas brancas e heterossexuais, com pouca margem para outras etnias e orientações. Porém, nos últimos anos, houve um esforço crescente para mudar esse quadro e refletir a verdadeira diversidade brasileira.

Reflexões Finais

A fala de Thiago Fragoso pode servir como ponto de partida para uma discussão mais ampla sobre os desafios e oportunidades que envolvem a representatividade no setor audiovisual. É crucial que as produções continuem a buscar um equilíbrio que permita a inclusão sem, contudo, excluir completamente perfis que já fizeram parte da história da TV brasileira. O desafio está em encontrar o caminho para um mercado mais inclusivo que não deixe ninguém para trás.

11 Comentários

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    Leonardo Amaral

    setembro 8, 2024 AT 17:03
    Se o Thiago tá com dificuldade, imagina quem não tem nem nome pra ser lembrado. Mas sério, ninguém tá tirando o lugar dele, tá só abrindo espaço pra quem nunca teve.

    É como se alguém reclamasse que não pode mais usar o banheiro só dele porque agora tem mais gente.
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    Crislane Alves

    setembro 8, 2024 AT 18:53
    É imperativo reconhecer que a hegemonia narrativa, historicamente centrada em sujeitos cis-heteronormativos de classe média-alta, está sendo deslocada por uma epistemologia da representação mais inclusiva, o que não constitui uma exclusão, mas sim uma correção estrutural.

    Portanto, a percepção de perda de oportunidades por parte de atores brancos heterossexuais é, na verdade, uma reconfiguração simbólica do poder cultural.
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    Jussara Cristina

    setembro 9, 2024 AT 11:56
    Fiquei triste com o que ele disse, mas entendo o ponto. 🥺

    É difícil quando você se vê como parte da norma e de repente percebe que a norma está mudando. Mas a gente pode crescer com isso, tá tudo bem se sentir desconfortável - o importante é não fechar a porta pra quem tá chegando. 💪
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    jullyana pereira

    setembro 10, 2024 AT 06:09
    Ah, pobre do homem branco 😭😭😭
    Quem vai defender o povo que nunca teve chance? Ninguém, né? Aí o cara que já fez 20 novelas agora tá se achando vítima. #PrivilegeCheck
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    Mari Lima

    setembro 10, 2024 AT 10:29
    ISSO É COLONIALISMO INVERTIDO, MEU! 🇧🇷🔥
    Se ele não quer papel, que vá pro exterior, onde o branco ainda é o "padrão"! Aqui a gente tá construindo um país real, não um conto de fadas de 1970!

    Se ele não consegue mais atuar, que aprenda a dirigir ou a escrever! NÃO É MUITO PEDIR, NÉ?
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    Renata Paiva

    setembro 10, 2024 AT 19:56
    A crítica dele é legítima, mas infelizmente reduz um movimento coletivo de décadas de luta por visibilidade a uma questão de 'meu emprego'.

    É como se um engenheiro que perdeu o contrato devido à automação reclamasse que a tecnologia está 'excluindo' profissionais da área - o que é verdade, mas não justifica ignorar o progresso.

    A arte precisa refletir o Brasil real, não o Brasil que os nossos avós viam na TV. E isso não é injustiça, é evolução.
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    Maria Vittória Leite Guedes Vargas

    setembro 11, 2024 AT 09:09
    O pior é que ele tem razão, mas não pode dizer isso abertamente sem virar vilão. A indústria tá jogando no "politicamente correto" como se fosse um jogo de bingo. E o ator branco hetero? É o único que não pode ser "diverso". É isso que tá errado.
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    Jean Paul Marinho

    setembro 11, 2024 AT 18:48
    Ele não tá sendo excluído. Só tá sendo um entre muitos agora.
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    Narjaya Speed

    setembro 13, 2024 AT 11:53
    Eu entendo o que ele tá sentindo, de verdade. Cresci vendo ele em tudo, e é estranho ver que o mundo mudou e ele não se sente mais no centro. Mas a gente não pode ficar no passado só porque ele foi o protagonista da nossa infância. A diversidade não é um ataque, é um espelho. E o espelho tá mostrando que a gente é muito mais que um homem branco, hetero, de classe média. A gente é negro, indígena, trans, queer, pobre, favelado, nordestino, deficiente, imigrante... e todos esses olhares merecem contar suas histórias. Não é que ele não pode mais atuar - é que agora tem espaço pra todo mundo atuar. E isso, no fundo, é bonito. Mesmo que doa um pouco. A gente pode chorar, mas também pode abrir espaço pra outros, sem perder a própria dignidade. Ele já teve a sua vez. Agora é hora de deixar o palco respirar.
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    Leandro Viera

    setembro 14, 2024 AT 17:40
    Aqui está o paradoxo pós-moderno: o sujeito hegemônico, ao perder sua centralidade, se configura como vítima - mas a vítima de um sistema que ele mesmo sustentou. A representatividade não é um roubo, é uma restauração. O que ele chama de exclusão é, na verdade, a descolonização da narrativa. O problema não é ele não conseguir papel, é ele não conseguir aceitar que a história não gira mais em torno dele.
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    luana vieira

    setembro 15, 2024 AT 00:51
    Se ele não consegue trabalho porque é homem branco e hetero, então ele não é um ator, é um privilegiado que não quer abrir mão do privilégio. Ponto.

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