Globoplay em setembro de 2025: 5 lançamentos-chave e um calendário cheio de clássicos, docs e K-cinema

Setembro no Globoplay: os destaques
A Globoplay abre setembro de 2025 com um combo para cinéfilos, noveleiros e fãs de documentários. Tem vencedor do Oscar, pacote de cinema coreano, biografias inéditas de dois gigantes da cultura brasileira, além de maratonas de clássicos que muita gente quer rever. O plano é simples: um calendário que espalha estreias por todo o mês, com variedade de gêneros e um olho atento na memória afetiva do público.
Logo no dia 5, a plataforma turbina o catálogo com quatro longas de peso. “12 Anos de Escravidão” volta aos holofotes com a história real de Solomon Northup, violinista livre sequestrado e vendido como escravo no século XIX. O filme, estrelado por Chiwetel Ejiofor, é duro e necessário: mostra a violência física e psicológica daquele período, mas também a resistência e a dignidade de quem lutou para sobreviver. É daqueles títulos que abrem conversa sobre passado e presente sem didatismo.
No mesmo pacote entram “Menina de Ouro”, drama esportivo que marcou gerações com uma história de parceria, ambição e limites, e “Garra de Ferro”, cinebiografia recente que mergulha em uma família do mundo da luta e no preço do espetáculo. Fecha a leva “Sempre ao Seu Lado”, clássico chororô do cão que espera o dono todos os dias, um retrato simples e tocante de lealdade. Os quatro, juntos, entregam amplitude: do cinema de autor ao emocional que faz chorar no sofá.
O mês segue com mais uma aposta: o K-cinema ganha espaço a partir de 19 de setembro. Chegam “Box – No Ritmo do Coração”, “Um Homem Implacável”, “Operação Hunt” e “Alerta de Emergência”. O pacote mistura suspense de espionagem, drama de ação e thriller de alta tensão. Para quem acompanha a onda coreana, tem a combinação que funciona: ritmo acelerado, viradas de roteiro e produção caprichada. Para quem quer entrar agora, é uma porta de entrada sem erro.
Entre os documentários, setembro vem com dois lançamentos que falam direto à cultura brasileira. No dia 13, estreia exclusiva “Milton Bituca Nascimento”, registro das apresentações finais do artista depois da passagem pelos cinemas. É uma janela íntima para a despedida de palco de um dos maiores nomes da nossa música, com bastidores, plateias emocionadas e a força de um repertório que marcou várias gerações. É o tipo de obra que a gente assiste com o ouvido e com a memória.
No dia 25, é a vez de “Chico Anysio: Um Homem à Procura de Um Personagem”, série documental em cinco episódios dirigida por Bruno Mazzeo. O recorte joga luz no processo criativo de um humorista que multiplicou personas e bordões, e que moldou a TV brasileira com observação fina do cotidiano. Para além das risadas, a série promete mostrar método, disciplina e o impacto de sua obra no humor que veio depois.
Assinantes do combo Globoplay + Telecine ganham ainda um trilho de superestreias semanais aos sábados: “As Tartarugas Ninjas: Caos Mutante” em 6 de setembro (animação de energia alta e humor rápido, ótima para ver em família), “Código Alarum” no dia 13, “Missão Suicida” em 20 de setembro e “Minha Fera” fechando o mês no dia 27. A sequência cria hábito: todo fim de semana com novidade, mantendo a rolagem do catálogo sempre com um “play” fresco.
Para quem curte novelas e séries brasileiras, a plataforma reforça o acervo com títulos que conversam diretamente com a nostalgia. A partir de 1º de setembro, entram “Hipertensão”, “Malhação 2014” e a novela turca “Dolunay” (no streaming em 1º/9 e na TV em 10/9). No dia 8, chega “As Três Marias”; no dia 15, “Mário Fofoca”; e no dia 22, “Três Irmãs”. “Terra Nostra” volta em edição especial, lembrando a história de imigração italiana que ganhou o país no fim dos anos 1990. É um bloco que atende tanto a quem quer revisitar capítulos marcantes quanto a quem vai descobrir essas tramas pela primeira vez.
As séries também crescem de volume. A partir de 9 de setembro, entram as cinco temporadas de CSI: Crime Scene Investigation, um marco do procedural policial que popularizou a rotina de laboratório forense na TV. Para quem curte dorama, o drama coreano “Derretendo Pouco a Pouco” chega em 18 de setembro. E os clássicos “Chaves” e “Chapolin Colorado” ganham novos episódios no catálogo, mantendo viva a maratona que atravessa gerações — o humor simples, a repetição que conforta e a graça das situações que a gente conhece de cor.
Se a ideia é organizar a maratona, vale anotar as datas em um calendário rápido:
- 1º/9: Hipertensão; Malhação 2014; Dolunay (streaming)
- 5/9: 12 Anos de Escravidão; Menina de Ouro; Garra de Ferro; Sempre ao Seu Lado
- 6/9 (Globoplay + Telecine): As Tartarugas Ninjas: Caos Mutante
- 8/9: As Três Marias
- 9/9: CSI: Crime Scene Investigation (5 temporadas)
- 10/9: Dolunay (TV)
- 13/9: Milton Bituca Nascimento; Código Alarum (Globoplay + Telecine)
- 18/9: Derretendo Pouco a Pouco
- 19/9: Box – No Ritmo do Coração; Um Homem Implacável; Operação Hunt; Alerta de Emergência
- 20/9 (Globoplay + Telecine): Missão Suicida
- 22/9: Três Irmãs
- 25/9: Chico Anysio: Um Homem à Procura de Um Personagem
- 27/9 (Globoplay + Telecine): Minha Fera
O desenho do mês tem lógica: abrir com cinema premiado, ancorar os sábados com superestreias do Telecine, espalhar documentários que viram evento e completar com novelas e séries que seguram horas de catálogo. Quem prefere chegar no fim de semana e ter algo grande para ver encontra as tartarugas ninjas; quem quer maratonar durante a semana tem CSI e as novelas clássicas. E os fãs de música e humor ganham dois docs que devem dominar as conversas.
Tem também um detalhe importante: diversidade geográfica. O mês cruza Estados Unidos, Coreia do Sul, México, Brasil e Turquia. Isso atende públicos diferentes e dá fôlego ao catálogo internacional sem deixar de lado o conteúdo local. O resultado é um mosaico que evita a sensação de “mais do mesmo”.

Estratégia e como isso mexe no jogo
Calendário de streaming virou xadrez. Em setembro, a Globoplay trabalha três frentes ao mesmo tempo: grandes filmes para atrair, documentários originais para diferenciar e títulos de longa cauda (novelas e sitcoms clássicas) para reter. É uma combinação que conversa com o hábito real de consumo: maratonas longas durante a semana, estreias pontuais no fim de semana e conteúdos “evento” no meio do mês.
Os documentários de Milton Nascimento e Chico Anysio jogam na memória afetiva com material inédito. São obras que geram repercussão orgânica, rendem cortes para redes sociais e viram pauta em rádio e TV. Além de homenagear trajetórias gigantes, ajudam a plataforma a se posicionar como curadora da cultura brasileira — não só um repositório de séries e filmes.
O pacote coreano, por sua vez, atende a uma demanda em alta e coloca a plataforma no circuito do K-content para além das séries. É também um teste de apetite do público por longas coreanos: se a resposta vier em tempo de tela e buscas, a tendência é repetir a dose com novos lotes. No varejo do streaming, ler o dado rápido e ajustar a oferta é parte do jogo.
No eixo de cinema internacional, abrir com “12 Anos de Escravidão” e “Menina de Ouro” dá selo de qualidade instantâneo. São títulos que carregam prestígio, críticas positivas e lembrança de prêmios. Junto com “Garra de Ferro” e “Sempre ao Seu Lado”, compõem um quarteto que transita por temas fortes — dor, família, superação, lealdade — e conversa com públicos bem distintos na mesma semana.
Já o combo Globoplay + Telecine mantém a lógica de “um grande por fim de semana”. É uma forma simples de reduzir a dispersão: o assinante sabe que sábado tem novidade e volta. Em um mercado em que a principal dor é rotatividade de assinatura, criar rituais de consumo ajuda a manter o cancelamento sob controle.
No terreno das novelas e clássicos de humor, a força é conhecida. “Terra Nostra” em edição especial deve puxar conversas sobre imigração e família; “Três Irmãs” e “As Três Marias” resgatam elencos e trilhas que o público reconhece ao primeiro acorde; “Chaves” e “Chapolin” seguem com aquele efeito raro de unir gerações no mesmo sofá. Para quem viveu, é reencontro; para quem não viu, é descoberta guiada por memes que nunca deixaram de circular.
Por fim, a chegada de CSI marca a presença do procedural que formou uma legião de fãs do “quem, como e por quê”. É um tipo de série que rende bem em maratona, segura audiência por horas e ajuda o algoritmo a sugerir mais conteúdo do mesmo universo. Em catálogo, isso é ouro.
Em resumo prático: setembro fica com cara de vitrine de variedade. Tem peso, tem afeto, tem novidade, tem reposição. E um cronograma bem distribuído para fazer a assinatura valer a pena todos os dias do mês.