Flamengo aposta em Carrascal e prioriza reforços após derrota antes do clássico com Fluminense
jul, 18 2025
Flamengo tenta reagir após derrota e já prepara terreno para clássico decisivo
Um clima de cobrança e urgência tomou conta do Flamengo depois do tropeço por 1 a 0 diante do Santos, pela 14ª rodada do Brasileirão. Antes mesmo de assimilar o resultado, a delegação desembarcou de madrugada no Rio de Janeiro, deixando claro que o foco já está totalmente no clássico contra o Fluminense, no Maracanã, no próximo dia 20.
O técnico Filipe Luís optou por um treinamento fechado na tarde do dia 17 no Ninho do Urubu, horário estratégico para recuperar fisicamente e mentalmente um elenco cobrado. Serão três sessões de treino até o confronto, tempo considerado precioso para quem precisa ajustar o setor ofensivo e recuperar a confiança.
O próprio Filipe não escondeu o incômodo com a falta de eficiência do ataque. Ele destacou que, mesmo com volume de jogo razoável, a equipe falha justamente na hora de finalizar, pecando em cruzamentos, chutes e decisões nos duelos individuais na área. A cobrança é clara: é preciso ser mais agressivo e objetivo quando a bola chega na área adversária, algo que faltou contra o Santos – apesar das oportunidades criadas, ninguém conseguiu decidir.
Carrascal chega e Flamengo se movimenta no mercado por mais atacantes
O anúncio da contratação do meio-campista colombiano Jorge Carrascal, de 27 anos, agitou o ambiente rubro-negro. O Flamengo vai desembolsar 12 milhões de euros parcelados ao Dínamo Moscou para contar com o jogador. Carrascal chega com boa bagagem: ex-River Plate e CSKA, com oito gols e três assistências em 35 partidas na última temporada – e a expectativa é de que ele dê novo ritmo ao meio-campo e, quem sabe, destrave a criatividade na criação de jogadas.
Ninguém no Ninho esconde que a busca por reforços ainda não terminou. A prioridade no clube é clara: trazer um atacante de beirada pela esquerda e um centroavante. O principal alvo, Taty Castellanos, parece distante no momento, já que a Lazio não libera o argentino nem para abrir conversas. Internamente, o diretor José Boto já havia alertado em maio que grandes contratações viriam nesta janela – e o departamento de futebol está sob pressão para entregar.
Sem Castellanos, o Flamengo segue de olho em outros nomes, mas mantém sigilo para não inflacionar possíveis negociações. O discurso é de paciência, mas há pressa, principalmente porque o time precisa de resposta rápida já no clássico.
Com Carrascal apresentado e mais reforços prometidos, o Rubro-Negro aposta no agito fora de campo para reencontrar o caminho das vitórias e acalmar os nervos antes do duelo contra o Flu. Fica a pergunta que paira entre os torcedores: os ajustes vão chegar a tempo de evitar novo tropeço?
Maria Eduarda Araújo
julho 20, 2025 AT 15:33Se o ataque não decide, não adianta trazer meio-campista com passagem por River e CSKA. Carrascal pode até dar ritmo, mas se ninguém consegue finalizar, ele vai ficar sozinho no meio tentando criar algo que não existe. O problema não é falta de criatividade, é falta de matador. E isso não se compra em janela.
Renata Paiva
julho 21, 2025 AT 10:12É lamentável como o Flamengo insiste em acreditar que contratar jogadores com currículo bonito resolve problemas estruturais. Carrascal é um jogador decente, sim, mas não é um milagre. O que precisamos é de um sistema que funcione, não de um nome que soe bem em release. A equipe está desarticulada, desfocada e, acima de tudo, sem identidade. Trocar um jogador por outro não muda a cultura de desorganização que impera desde a gestão anterior.
Maria Vittória Leite Guedes Vargas
julho 23, 2025 AT 01:07Jean Paul Marinho
julho 24, 2025 AT 11:09Se o clássico for nulo, o ano tá perdido.
Leandro Viera
julho 25, 2025 AT 21:57É curioso como a mídia e a torcida reduzem a complexidade do futebol a uma equação simplista: 'contratação = solução'. O Flamengo não precisa de um atacante, precisa de um líder técnico capaz de organizar a pressão, a transição e a finalização - e isso não se compra em mercado. A ausência de Castellanos é simbólica: ele representa a individualidade que o sistema atual não consegue absorver. Carrascal, por mais talentoso que seja, é apenas um componente em um sistema que ainda não foi definido. O problema não está nos jogadores, está na filosofia de jogo - e ninguém quer admitir isso.