Alexandre de Moraes determina prisão imediata de Fernando Collor por corrupção e lavagem de dinheiro

Alexandre de Moraes determina prisão imediata de Fernando Collor por corrupção e lavagem de dinheiro abr, 25 2025

Alexandre de Moraes ordena prisão imediata de Fernando Collor em Alagoas

A manhã do dia 24 de abril pegou muita gente de surpresa em Brasília e principalmente em Maceió, no coração de Alagoas, onde foi cumprida a ordem de prisão contra o ex-presidente Fernando Collor. O mandado partiu diretamente do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que não escondeu seu incômodo com as tentativas da defesa de Collor de adiar a punição já definida pelo tribunal.

O pano de fundo desse capítulo é tenso. Collor havia sido condenado há quase dois anos, em maio de 2023, a 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O ponto central da condenação envolve cerca de R$ 20 milhões em propinas que supostamente passaram por esquemas na BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras, entre 2010 e 2014. Para manter o caso girando, a defesa apostava em recursos; ainda assim, Moraes rechaçou o mais recente como mero artifício para atrasar o inevitável.

Moraes usou palavras duras ao explicar sua decisão: chamou a nova apelação de "procrastinatória", sem trazer elementos novos, e determinou a prisão praticamente de imediato. Não bastasse o peso da medida, a ordem veio acompanhada de um pedido para que o STF todo revisasse, em sessão virtual no mesmo dia, se a detenção deveria ser mantida. Raramente se vê uma movimentação tão célere na mais alta Corte do país.

Condenação, recursos e os bastidores do STF

Condenação, recursos e os bastidores do STF

A articulação jurídica por trás do caso Collor é cheia de detalhes. Os advogados dele tentaram de tudo: alegaram que a pena precisava ser revista, baseando-se em votos anteriores de ministros como André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. A estratégia era apontar possíveis contradições e buscar algum abrandamento, mas Moraes foi claro ao descartar esses argumentos, dizendo que nenhum trazia de fato uma razão nova para reverter a condenação.

O episódio ainda expõe como o STF tem se posicionado diante de figuras públicas de destaque que enfrentam denúncias de corrupção. O caso de Collor não é isolado, mas chama atenção por envolver um ex-presidente que já teve trajetória marcada por altos e baixos — incluindo a renúncia ao mandato em meio a outro escândalo, em 1992. Para o tribunal, a conduta dos réus e a tentativa de manipular prazos ou desgastar o processo são fatores que não passarão impunes.

  • Prisão de político de alto escalão: Collor se torna um dos poucos ex-presidentes do Brasil a ser preso por crimes de corrupção depois de condenado definitivamente pelo STF.
  • Esquema na BR Distribuidora: O foco nos contratos fraudulentos e em pagamentos milionários de propina acendeu alertas sobre a relação de políticos com empresas de capital estatal durante anos.
  • Atuação do Supremo: O rigor de Alexandre de Moraes e a rapidez em convocar a sessão extraordinária mostram o peso institucional do processo.

Nas próximas horas, todos olham para os ministros do STF: o plenário precisa ratificar ou cancelar a ordem de prisão, e a decisão desse grupo tende a ditar o ritmo do debate público sobre corrupção e impunidade entre os poderosos no país.

A expectativa é de que o debate sobre o cumprimento das penas e as limitações dos recursos se torne ainda mais intenso. Especialmente porque a imagem de Collor, um nome forte no Nordeste brasileiro e ex-integrante do Senado, ainda desperta debates acalorados tanto na política quanto na sociedade.

11 Comentários

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    Bruno Gomes

    abril 27, 2025 AT 18:03
    Cara, isso é o Brasil que a gente queria ver desde os anos 90. Collor já tinha sido cassado, agora tá preso de verdade. O povo tá cansado de tanta impunidade.
    Boa noite, Brasil.
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    Narjaya Speed

    abril 28, 2025 AT 07:21
    Eu não consigo deixar de pensar em quantas outras pessoas, talvez até mais culpadas, ainda andam soltas por aí... A justiça parece funcionar só quando o nome é famoso, e isso dói. Collor é um símbolo, mas o sistema não muda só por causa dele. É triste, mas é real.
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    Crislane Alves

    abril 28, 2025 AT 22:02
    A aplicação da pena em conformidade com os princípios da legalidade, da individualização e da proporcionalidade constitui um marco histórico na jurisprudência brasileira. A atuação do Ministro Alexandre de Moraes, ao rechaçar recursos procrastinatórios e assegurar a efetividade da sentença, reflete a necessidade imperativa de coesão entre o direito material e o direito processual.
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    Jussara Cristina

    abril 30, 2025 AT 00:55
    Isso aqui é o que a gente espera da justiça, meninas 💪❤️
    Ninguém tá acima da lei, nem ex-presidente.
    Parabéns, STF! Vocês estão fazendo o trabalho de vocês!
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    jullyana pereira

    abril 30, 2025 AT 11:12
    Collor preso?? 😳🤯 eu juro que pensei que ele tava morto ou vivendo numa ilha com dinheiro sujo. O que o mundo tá virando...
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    Mari Lima

    abril 30, 2025 AT 21:00
    FIM DA LINHA PRA ESSE LADRÃO QUE JÁ ROUBOU O PAÍS TUDO! 🇧🇷🔥
    Se fosse um pobre, tava na cadeia desde 2015! Mas agora o STF fez o que o povo pedia! VAI QUEM TÁ COM MEDO! 🤬
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    luana vieira

    maio 1, 2025 AT 09:19
    Não é surpresa. Ele sempre foi um político que usou o cargo como caixa de resgate. A condenação era previsível, a prisão era só uma questão de tempo. O que me surpreende é que demorou tanto.
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    Renata Paiva

    maio 1, 2025 AT 11:56
    A institucionalização da punição para elites políticas, embora tardia, representa um deslocamento epistemológico no paradigma jurídico brasileiro. A figura de Collor, enquanto símbolo da corrupção estrutural, é agora submetida à lógica do Estado de Direito - o que, paradoxalmente, evidencia a fragilidade da normatividade anteriormente vigente.
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    Maria Eduarda Araújo

    maio 3, 2025 AT 07:02
    A justiça não é um prêmio pra quem tem dinheiro. É um direito. E se a gente só vê ela funcionar quando o nome é famoso, então a gente não tem justiça. Tem teatro. E Collor é só o palhaço que caiu da corda bamba.
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    Jefersson Assis

    maio 5, 2025 AT 00:52
    A decisão do Ministro Moraes está alinhada com os preceitos constitucionais da dignidade da pessoa humana e da igualdade perante a lei, conforme previsto no art. 5º da CF/88. A utilização de recursos protelatórios, quando desprovidos de fundamentação jurídica substancial, caracterizam abuso de direito processual, o que justifica a imediata execução da pena. A jurisprudência do STF tem se mostrado coerente nesse sentido, e esse caso reforça a necessidade de efetividade da sanção penal.
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    Maria Vittória Leite Guedes Vargas

    maio 5, 2025 AT 04:54
    Se o Collor tá preso, então por que o Lula tá livre? 😏 #JustiçaSeletiva

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